O PERDÃO
Estamos ainda na legalidade de Yom Kippur, o dia do perdão! E Jesus é o nosso Yom Kippur!
O perdão é uma necessidade fundamental da vida! Nós sabemos que é impossível ter uma vida saudável espiritualmente, emocionalmente e físicamente sem o exercício do perdão.
- Quem não perdoa, não pode orar!
- Quem não perdoa, não pode trazer sua oferta ao altar!
- Quem não perdoa, não pode ser perdoado!
- Quem não perdoa, adoece fisicamente!
- Quem não perdoa, é entregue aos verdugos e flageladores da consciência!
Portanto, o perdão é até mesmo uma questão de bom senso, porque, quando guardamos mágoa de alguém, acabamos nos tornando prisioneiros dessa pessoa. Ela nos escraviza e nos mantém em cativeiro.
Quando nutrimos mágoa de alguém, esse alguém nos perturba continuamente! Por exemplo: se você se assentar para tomar uma refeição, e lembrar de alguém que o magoou, essa pessoa vai tirar o seu apetite.
Se você sair de férias, e não conseguir perdoar, com certeza, aquela pessoa pegou carona com você em suas férias.
Portanto, perdoar é a única maneira de quebrar essas correntes e ficarmos livres. E Jesus nos ensina que o perdão deve ser ilimitado! Jesus nos ensina a perdoar até setenta vezes sete!
Pedro se antecipou aos demais discípulos e perguntou a Jesus, quantas vezes estaria obrigado a perdoar um irmão faltoso, até chegar à conclusão de que deveria considerá-lo como um gentio e publicano. E ele se valeu da tradição dos escribas e fariseus, quando perguntou se até sete vezes, porque eles ensinavam que este era o número máximo que uma pessoa poderia ser perdoada por alguém.
O texto é uma parábola sobre o perdão. Mt 18:21-35.
21 Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou: Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes? 22 Não! respondeu Jesus. Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes. 23 Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. 24 Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. 25 Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. 26 Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: “Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor.”
27 O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. 28 O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: “Pague o que me deve!” 29 Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: “Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo.”
30 Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. 31 Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. 32 Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: “Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. 33 Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você.”
34 O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida. 35 E Jesus terminou, dizendo: É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão.
Nós podemos perceber que há um desencadeamento nestes ensinos, e que uma regra conduz a outra regra, e que não é de modo legalista.
Esse número que Jesus nos deixou, não é em vão que Ele nos deixou escrito, aponta setenta vezes o número sete, que é o número da perfeição, 490 vezes.
O perdão é ilimitado, pois é dessa forma que Deus nos perdoa!
Jesus deixou esse fato bem claro na parábola do credor incompassivo. Aquele servo que recebeu um perdão de dez mil talentos não perdoou seu conservo de uma pequena dívida de cem denários. Dez mil talentos é seiscentas mil vezes mais que cem denários.
Aquele que havia recebido um perdão seiscentas mil vezes maior negou-se a perdoar alguém que lhe devia uma dívida seiscentas mil vezes menor. O rei, então, entrega-o aos verdugos até que ele “pagasse” a dívida impagável, ou seja, aquele homem precisaria trabalhar cento e cinqüenta mil anos para adquirir dez mil talentos recebendo o salário de um denário por dia.
A nossa dívida com Deus também é impagável. Por isso, o perdão de Deus é ilimitado. E Jesus foi enfático em afirmar que se não perdoarmos, não seremos perdoados. Mt 18:35.
35 Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.
O perdão é o caminho da cura das feridas! É a ponte de reconciliação das relações quebradas! O perdão é o remédio divino para os relacionamentos enfermos!
O perdão é o bálsamo do céu para aqueles que andam machucados e feridos pela mágoa!
- Hoje é tempo de perdoar!
- Hoje, é tempo de pedir perdão!
- Hoje, é tempo de restaurar relacionamentos dentro da nossa casa e da igreja, a fim de vivermos uma vida plena e abundante!
- Bem vindo a Yom Kippur, o dia do perdão!
Jesus é o nosso Yom Kippur!
Amém!