O AVANÇO DO REINO PELA UNIDADE DA LIDERANÇA
Em (versão utilizada RA) Jo 17:18-23.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. 19 E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. 20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; 21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
Portanto, podemos ver nessa oração Jesus um grande proposito. Ele foi enviado ao mundo com o propósito de reestabelecer a unidade espiritual entre Deus e os homens. Apesar que neste processo, Jesus foi quem fez a parte mais difícil.
O Senhor decidiu dar continuidade a esta missão, através de sua Igreja, pelo que Jesus nos diz no versículo 18.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
Durante três anos e meio, Jesus preparou seus doze para enviá-los às nações. E Jesus para que o processo tivesse êxito, santificou-se por eles. Ou seja, Jesus consagrava-se a Deus, para ser um líder modelo, para não deixar nenhuma legalidade aberta no mundo espiritual.
Essa semente plantada, mais tarde daria o seu fruto, que era ter seus apóstolos santos e irrepreensíveis, homens cujo caráter fosse moldado segundo a palavra de Deus, e o versículo 19, nos mostra isso.
19 E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.
E também, no versículo 17, a palavra diz assim: 17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
Portanto, note que Jesus estava prestes a retornar para o Pai, e além de Jesus estabelecer e ser o modelo da Palavra, o Senhor também orou por algo que seria imprescindível para o cumprimento dessa missão, de conquistar as nações para Reino de Deus. E foi aí que Jesus orou pela unidade da Igreja, da liderança e de todos que seriam gerados por intermédio dela. Versículos 20-21:
20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; 21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
Portanto, um dos princípios estabelecidos no mundo espiritual, é que o avanço do Reino de Deus depende da unidade do Espírito na Igreja.
Jesus já havia ensinado a seus doze que um reino dividido não subsiste.
Portanto, ou somos ou não somos! E ai daqueles que forem contra a oração de Jesus. No grande dia, prestarão contas. Porque em Mt 16:27 a palavra diz:
27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras.
Veja que o Sl 133:1-3 também nos revela que onde há unidade, o Senhor derrama unção, benção, e salvação, ou seja, onde há unidade há avivamento, crescimento e multiplicação na vida de todos.
1 Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! 2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. 3 É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.
Esse Salmo tem alguns significados.
Quando Davi fala aqui, no versículo 2, estava apresentando neste salmo a cena da unção do sacerdote Arão.
O óleo “precioso” que fala, era para ungir e era também conhecido como “o óleo da santa unção”. Por isso, este óleo era derramado fartamente na cabeça do sacerdote, correndo copiosamente pelas suas barbas, e descendo até as vestes sagradas. Versícilo 2.
2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.
A barba representa honra e respeito. Pontando, quando existe unidade entre os irmãos, manifesta-se a glória de Deus e a autoridade do Espírito na Igreja de Cristo.
O óleo da unção não era unicamente extraído da oliveira. O óleo da unção era preparado por um perfumista, obedecendo a uma fórmula que era exclusividade de Deus.
Este óleo era composto de: Mirra, canela, cálamo, cássia e oliveira.
Portanto, "é como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão", significa: é como a unção do Espírito Santo sobre a vida do ser humano.
"É como o óleo precioso sobre a cabeça", significa: no seu caráter sagrado, é a proteção que proporcionará sermos revestidos por Ele, o doce Espírito Santo.
Quando os doze estão unidos em oração, um poder é liberado, e é daí que podemos ver sobre a importância de termos uma equipe de doze.
Porém, mais importante que termos uma equipe de doze, “é sermos equipe nos doze”. E At 4:31, fala da Igreja em oração.
31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.
Portanto, nós podemos até ter doze, mas se “não formos equipe”, o espírito de equipe, que é o espírito de unidade, não se desenvolve. Porque o espírito de unidade só se desenvolve em três aspectos:
A UNIDADE de pensamento. A UNIDADE de linguagem. E A UNIDADE de atitude.
1º Unidade de pensamento.
Veja o que diz Fp 2:2.
2 completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.
Portanto, todas ideias diferentes da unidade geram ideais diferentes, e ideais diferentes geram visões diferentes. E onde há duas visões, há um princípio para haver divisão, (di = duas visões).
2º Unidade de linguagem.
Na torre de babel, veja o que Deus disse em Gn 11:6.
6 e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.
Portanto, devemos trabalhar para que todos no corpo de Cristo tenham a linguagem do Reino do Céu, que é pura, perfeita e profética.
Por isso, a unidade de linguagem é um componente espiritual, construtivo da igreja. Porém, do ponto de vista estratégico, pela qual a igreja cresce e conquista, a Visão Celular no Modelo dos Doze, também é uma linguagem promotora de unidade, que une a igreja Local, e também ministérios de diferentes denominações, em um modelo.
Por isso, devemos orar a Deus para que o Espírito Santo uniformize a linguagem do ganhar, consolidar, discipular e enviar, nos lábios de nossos discípulos em todas as gerações.
O Apóstolo Tiago nos ensina que o que a língua fala, determina os movimentos do corpo. Tg 3:2-5.
2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo. 3 Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. 4 Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. 5 Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!
Se tivermos uniformidade na linguagem, teremos a continuidade do propósito.
Nós não podemos ser os culpados de barrar a promessa de Jesus: “para que o mundo creia que tu me enviaste”.
Veja e note que em Babel, quando a linguagem se diversificou, o propósito foi interrompido, (e o propósito deles, era construir a torre).
3º Unidade de atitude. At 4:32.
32 Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.
Veja que com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus e em todos eles havia abundante graça.
Havia na igreja de Atos, um estilo de vida que envolvia atitudes de desprendimento material. E eles compartilhavam o espaço, como por exemplo, nos lares para abrigar pessoas, fazer células, com um comprometimento de que todos deveriam dar o testemunho na pregação, no exercício do evangelismo.
O último texto revela a importância dos doze estarem em unidade no propósito (ganhar vidas e fazer discípulos), porque os doze são uma matriz de reprodução de pensamento, de linguagem, e de comportamento, que se repetirá nas gerações.
Os doze são a fôrma que forma.
Se os doze forem amorosos, gerarão um povo amoroso.
Se os doze forem presentes, gerarão um povo presente.
Se os doze forem fiéis, gerarão um povo fiel.
Se os doze forem murmuradores, gerarão um povo murmurador.
Se forem homens e mulheres que vivam em unidade, formarão uma multidão que terá um só coração, um só sentimento, uma só visão, como aconteceu em Atos.
Talvez o maior desafio do líder seja este: Gerar a unidade em sua equipe de liderança. Porém, se isso for bem resolvido em seu caráter, você não terá dificuldades.
Embora esta busca deve ser despertada pelo líder, só quem pode realizar esta obra é o Espírito Santo. Por isso, temos que ter a unidade como meta e trabalhar por ela, dependendo totalmente do Espírito Santo.
A unidade em uma equipe, vem primeiramente pela oração do líder.
Jesus estava orando para que seus discípulos viessem a ser “um”.
A unidade em uma equipe vem também pela cura da alma e pelo aperfeiçoamento do caráter.
Não há cura sem o derramar contínuo de amor. Jesus, amou seus doze até o fim (a Cruz) e Ele continua nos amando, por isso também o Senhor nos confronta hoje.
Sem confronto não há cura, não havendo cura não há amor por almas no caráter, e haverá sim, brechas para que satanás trabalhe trazendo para a equipe, mágoas, divisões, distrações, perda de foco e arrefecimento.
Uma das estratégias do diabo, é manter pastores e líderes focados só em seus objetivos pessoais. Por exemplo: Não vou cuidar do meu ministério, somente dos meus negócios que eu ganho mais etc. Ou seja, em vez de orar e pedir a Deus, para o santificar, fzz um pedido ao diabo.....só dos meus negócios....
Há aqueles que pensam que terão melhor resultado fazendo carreira solo, mas isto é ingerência maligna, porque só uma unidade clamada, orada, falada a Jesus, e decretada pelo Pai, nos levará à vitória na família e no ministério.
Precisamos ser um, e ser um não é uma opção, é um comando de Deus, se quisermos ser vitoriosos.
A vitória nunca será de um, será sempre da equipe! Se houver unidade, todos prosperarão, pois este é o fruto da aliança.
Como equipe, precisamos alinhar pensamentos e uniformizar a linguagem e as atitudes. Precisamos saber o que de fato queremos como equipe, se estamos dispostos a pagar o preço da unidade, que é o mesmo do sucesso.
Porém não há unidade sem renúncia, em ceder muitas vezes, em deixar o nosso próprio eu. Jesus precisou renunciar a sua própria vida, para que nós fôssemos um.
Precisamos como equipe, estarmos atentos, disciplinados, presentes, constantes, comprometidos e amigos.
Todo este esforço NÃO será em vão, pois seremos herdeiros de um Reino que NÃO terá fim. Pelo poder da unidade, nossas conquistas não terão limites.
Que o Deus de Abraão, Isaac, e Israel, os abençoe e multiplique conforme a promessa!
Amem!