O FRUTO PERMANENTE
Jo 15:16.
16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
Vamos aprender com o ministrar da Palavra que o tema, fruto permanente, é para quem é permanente.
Claro que pode ser um exagero dessa linguagem, visto que um fruto, em uma árvore, nunca é permanente; todo fruto, em um determinado tempo, fica maduro e precisa ser colhido, senão cai e apodrece.
Contudo, a ênfase aqui é compreender que fomos escolhidos por Deus para sermos frutos permanentes.
O Senhor olhou, desejou e nos escolheu para estar com Ele. E a afirmação é:
⁃ Não foi você quem Me escolheu. ⁃ Pelo contrário, Eu escolhi você...
Veja que não é só uma afirmação, é uma declaração de amor que apresenta uma escolha com uma razão, um motivo e um desejo. Nós não fomos escolhidos por acaso, mas para um propósito. E Jesus diz exatamente para que nos escolheu e essa escolha tem uma exigência: ⁃ Eu escolhi você para dar fruto, fruto permanente.
Portanto, entenda que você é um fruto permanente porque é escolhido. Jesus conclui dizendo: “... a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai, em meu Nome, Ele vo-lo conceda.”
Se você é um fruto permanente, frutífero e desejado, tudo o que pedir ao Pai, Ele concederá. Ou seja, é doutrina de Jesus, e podem até querer contrariar essa verdade, mas a prosperidade está no coração de Deus, e Ele diz que quem der fruto prosperará.
O que Jesus quis falar sobre fruto permanente e o que quis construir no coração dos discípulos? Ele está falando a respeito de Israel, Jerusalém e Igreja.
A Igreja ainda não havia nascido, os discípulos não se reuniam como Igreja nem sabiam o que era isso, mas Jesus já tinha a ideia de como a Igreja nasceria e quem faria parte dela.
O fruto permanente se refere ao caráter, Jesus estava dizendo:
⁃ “Você terá um caráter permanente em Mim e a Minha vida estará na sua vida.
O fruto permanente retrata quem somos, o que somos e para quem somos, pois o fruto não se alimenta dele mesmo, mas existe para alimentar o outro e nutrir as pessoas. Você não foi criado para construir natureza de egoísmo, foi chamado para derramar vida de Deus sobre os outros.
A maioria de nós estamos cheios de vícios que são pertinentes à própria cultura que desenvolvemos, por exemplo:
⁃ Eu durmo todos os dias 2h da madrugada, e você não tem que me copiar, porque é errado.
⁃ Eu tenho esse costume desde muitos anos de vida, porque para mim, é no período da noite e madrugada eu me dedico mais. Eu escrevo, leio, estudo, eu consigo guardar guardar muita coisa.
O fruto permanente não me dá direito a ser egoísta, tenho que alimentar os outros; não sou fruto para mim mesmo, sou fruto para os outros.
Entendo que todo fruto desejável é perseguido! Precisamos de estratégias para buscar discípulos, ou seja, para conquistar um discípulo é necessário estratégias e esforços.
Quando o discípulo é conquistado, criamos outras estratégias e desempenhamos qualidades de esforços para preservá-lo saudável e mantê-lo no Reino. Só não damos importância a um discípulo quando não “suamos a camisa” por ele, quando não pagamos ‘preço’ por ele. Se você suou a camisa e pagou ‘preço’, vai insistir para que ele permaneça. Mas, isso nem sempre acontece. Às vezes, criamos desculpas como: “Por quê insistir no discípulo, se ele não me quer?”, e usamos frases de efeito para justificar nossa atitude como líder. Contudo, precisamos buscar na Palavra estratégias para manter esse discípulo no Reino. Por isso, leia de novo o que Jesus disse em Jo 15:16.
16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
Portanto, as batalhas chegam, as propostas aparecem e, por vezes, os discípulos são flechados.
Discípulos não têm a obrigação de ter a maturidade do líder, pois a velocidade do líder é uma e a do discípulo outra, a visão do líder é uma e a visão do liderado outra, a estratégia do líder é uma e a resposta do liderado outra.
O problema de, enquanto líderes, querermos que os discípulos deem uma resposta na nossa velocidade, é que eles não darão! O papel do líder é demonstrar interesse e preocupação no desenvolvimento e crescimento da estatura de homem de Deus no discípulo, para que amadureça na fé e possa dar passos cada vez mais firmes. Dr. Mike Murdock diz: “Infeliz do discípulo que o discipulador perdeu o interesse por ele”.
A verdade é que só perdemos o interesse quando estamos desinteressados do propósito. Por isso, devemos entender que não podemos esperar do discípulo uma resposta que ele não pode dar, até que Cristo seja formado nele, teremos dores de parto diversas vezes, e cada parto dói mais que o outro, ou seja, somos um resultado que não devemos esperar dos outros.
Sinceramente, eu não posso cobrar de você o meu resultado, e você não pode cobrar de seus discípulos o seu resultado. Lembre-se de que você jejua, ora e se consagra, enquanto o discípulo ainda está sendo consolidado na fé, então como querer que ele dê os mesmos resultados que você? Agora, que fique claro: independente da resposta dos liderados, o líder deve se manter no modelo para não perder a essência, pois quem nos chamou foi o próprio Deus.
Imagina se Jesus desistisse por causa de Pedro? Ou se desistisse por causa de João, que foi pescar e desistiu dele? E se Ele desistisse por causa de Tiago, Tomé e Judas? Entenda que nenhuma desistência de discípulos é justificativa para nos tirar do propósito.
As decepções com os outros não são parâmetro para deixar de investir em vidas. Existem liderados que irão nos enganar, mentir, decepcionar, porém, terão aqueles que serão fiéis até Jesus voltar. Na verdade, existem mais fiéis ao nosso lado do que infiéis.
Quem não pode ser infiel à chamada é você, que foi chamado por Deus para dar um fruto permanente.
O fruto permanente ocorre quando as circunstâncias nos convidam para outra proposta e dizemos: -“Não! Eu sei em Quem eu tenho crido!”.
O fruto permanente ocorre quando as circunstâncias nos convidam para outra proposta e nos mantemos presos à Raiz. O que mantém uma árvore inabalável não é o fruto, é a raiz. O problema é que está faltando crentes raiz, aqueles que são firmes, constantes, inseduzíveis e inegociáveis no Reino.
Não posso negar onde estou plantado! Darei frutos no lugar onde fui plantado!
Uma árvore não tem como negar a produção dos frutos, faz parte da sua natureza, em determinada estação dar frutos.
Certa vez, ouvi uma história que um pé de manga não dava frutos, por estar adoecido. Chamaram um agrônomo e ele disse qual era a bactéria que estava na árvore, trataram a árvore, e o agrônomo deu uma injeção, introduziu hormônios para neutralizar a bactéria e, no ano seguinte floresceu e deu muito frutos.
Qual é a bactéria que tem nos paralisado? O que foi que entrou na vida que fez você parar de frutificar? É preciso identificar! Você, como árvore, talvez nem perceba que a estação passou e você não frutificou, mas quem está de fora percebe que você está doente e precisa de cuidado.
No Reino de Deus a árvore raiz vai dar fruto sempre!
Desejo que todas as vezes que eu olhar para você, veja um fruto novo de uma árvore especial!
Toda árvore no Reino é especial e existem árvores especiais em todos os lugares. No Éden, havia uma árvore especial. Que você seja visto como o diferencial na geografia onde está plantado.
A árvore comum só dá fruto em uma determinada estação, mas a árvore do Reino é como a citada no Salmo 1, todas as vezes que olhamos, há um fruto novo. É como a árvore de Apocalipse 22 e Ezequiel 40, sempre frutífera.
Deus os abençoe!
Lembre-se: Você é o fruto permante!
